14 de outubro de 2015

Poema sem fim

Deixo-me embalar nessa dança

A dança da fria cria…

Aquela que ficou mas não está


Deixo-me embalar, sem resistir

para que não seja sugada por esse amor 

e eu não me perca de mim


É triste, de fato,

que pouco seja compreendida em meus passos

E tenha que seguir sozinha

nesse caminho de vácuo


Necessito poder ficar triste,

sentir saudades,

acolher a dor do meu filho e marido

sem dedos em riste…


Peço autorização para minhas lágrimas 

Lembrando-me daquela que gerei com tanto amor

e não pude conhecer seu olhar, sorriso, choro

acarinhar, sentir o calor

(...)


O poema não terminaria dessa forma... 

A gestação de Helena não terminaria com ela sem vida...

É possível beleza naquilo que foi subitamente interrompido?

... Sim!

Nenhum comentário:

Postar um comentário