27 de outubro de 2015

Nego submeter-me ao medo, 
Que tira a alegria de minha liberdade, 
Que não me deixa arriscar nada, 
Que me torna pequeno e mesquinho, 
Que me amarra, 
Que não me deixa ser direto e franco, 
Que me persegue,
Que ocupa negativamente a minha imaginação, 
Que sempre pinta visões sombrias.
No entanto, não quero levantar barricadas por medo do medo. 
Eu quero viver, não quero encerrar-me. 
Não quero ser amigável por medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro.
E não porque encobri meu medo.
E quando me calo, quero fazê-lo por amor. 
E não por temer as consequências de minhas palavras. 
Não quero acreditar em algo só por medo de acreditar. 
Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.
Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável. 
Não quero impor algo aos outros, pelo medo de que possam impor algo a mim. 
Por medo de errar não quero tornar-me inativo. 
Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo.
Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de que senão poderia ser ignorado. 
Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer.
Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim.

Rudolf Steiner

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