27 de março de 2016

Páscoa

Acordei desejando Feliz Páscoa primeiramente para a Helena, depois para meu irmão, sogra e avós...

Surpreendentemente, uma pequena borboleta veio nos visitar pela manhã.

Ela passou por mim, e logo pensei que se minha filha fosse uma borboleta, ela seria como a que vi: pequenina e alegre.

Então meu marido a notou repousada sobre a porta-balcão do nosso quarto.

Sim, passarinha... Creio que está conosco nessa Páscoa.

Sinta o amor de nós três por você.

Nós te amamos muito!

Mamãe, Papai e Irmão...


Páscoa - Passagem
Jean-Yves Leloup

Sede passantes.

Este tema da passagem é o tema da Páscoa. 

Pessah em hebraico, quer dizer passagem. 

A passagem, no rio, de uma margem à outra margem, a passagem de um pensamento a outro pensamento, a passagem de um estado de consciência a outro estado de consciência. 

A passagem de um modo de vida a um outro modo de vida.

Somos passageiros.

A vida é uma ponte e, como diziam os antigos, não se constrói sua casa sobre uma ponte. 

Temos que manter, ao mesmo tempo, as duas margens do rio, a matéria e o espírito, o céu e a terra, o masculino e o feminino e fazer a ponte entre estas nossas diferentes partes, sabendo que estamos de passagem.

É importante lembrar-se do carácter passageiro de nossa existência, da impermanência de todas as coisas, pois o sofrimento geralmente é de querermos fazer durar o que não foi feito para durar.

A grande páscoa é a passagem desta vida mortal para a vida eterna, é a abertura do coração humano ao coração divino.

É a passagem da escravidão para a liberdade, passagem que é simbolizada pela migração dos hebreus, do Egito para a terra Prometida.Mas não é preciso temer o Mar Vermelho.

O mar de nossas memórias, de nossos medos, de nossas reações.

Temos que atravessar todas estas ondas, todas estas tempestades, para tocar a terra da liberdade, o espaço da liberdade que existe dentro de nós.

Sede passantes. 

Creio que esta palavra é verdadeiramente um convite para continuarmos nosso caminho a partir do lugar onde algumas vezes paramos.

Observemos o que pára a vida em nós, o que impede o amor e o perdão, onde se localiza o medo dentro de nós. 

É por lá que é preciso passar, é lá o nosso Mar Vermelho.

Mas, ao mesmo tempo, não esqueçamos a luz, não esqueçamos a liberdade, a terra que nos foi prometida.

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