A dança da fria cria…
Aquela que ficou mas não está
Deixo-me embalar, sem resistir
para que não seja sugada por esse amor
e eu não me perca de mim
É triste, de fato,
que pouco seja compreendida em meus passos
E tenha que seguir sozinha
nesse caminho de vácuo
Necessito poder ficar triste,
sentir saudades,
acolher a dor do meu filho e marido
sem dedos em riste…
Peço autorização para minhas lágrimas
Lembrando-me daquela que gerei com tanto amor
e não pude conhecer seu olhar, sorriso, choro
acarinhar, sentir o calor
(...)
O poema não terminaria dessa forma...
A gestação de Helena não terminaria com ela sem vida...
É possível beleza naquilo que foi subitamente interrompido?
... Sim!
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