Esse é um espaço de mensagens à Helena, que partiu no dia 10/08/2015 às 39 semanas de gestação. Motivo físico: nó verdadeiro de cordão. Motivo espiritual: 9 meses de gestação eram suficientes para que ela cumprisse sua missão conosco. Aqui também drenamos a dor e vivenciamos parte desse luto. Pedimos apenas que deixe uma prece ou pensamento de luz para Helena e nossa família toda vez que visitar esse Blog. Seja muito abençoad@! Gratidão eterna e Paz!
30 de setembro de 2015
Madrugada insone
29 de setembro de 2015
Voa
Bom dia, passarinha!
Beijos e aconchegos da sua mamãe, papai e irmão.
28 de setembro de 2015
7 x 7
24 de setembro de 2015
Sombras
23 de setembro de 2015
Quando soubemos de você
Foi tão engraçado e especial! A gente não sabia se ria ou chorava... Tantos planos. E também muito amor.
Sabe o que fiz? Embora seu pai também estivesse em casa, enviei uma mensagem pelo Whatsapp: "Acho que estou grávida!".
21 de setembro de 2015
Chorar
17 de setembro de 2015
Madrinha
Durma bem, querida! Sempre com você!
15 de setembro de 2015
Quando te escolhi
14 de setembro de 2015
Hold on
Instantes eternos em que me perco no "oco" do coração
E, quando os olhos marejam,
Tento segurar em qualquer coisa que me lembre estar VIVA
Como uma linda canção
Carol
Everybody Hurts
13 de setembro de 2015
... e no dia 13/08 você "nasceu"
12 de setembro de 2015
No cemitério
11 de setembro de 2015
Passarinha
Filha, você já entendeu por quê a chamo de “passarinha”?
Perceba que esse apelido carinhoso foi dado apenas depois que nos deixou…
Na decoração do seu quarto havia alguns passarinhos confeccionados pela tia Cecê. Eu também encomendei marcadores de livros da tia Tânia, muito delicados, como recordação pelo seu nascimento.
Embora difícil, decidimos entregar as lembrancinhas para os amigos e familiares que viessem nos visitar. Então, a tia Rê (Regina Nunes, do Maria Flor) ficou sensibilizada com a delicadeza delas e fez uma analogia à sua passagem tão rápida, como um pássaro que voa livre pelo céu.
Enquanto conversávamos, eu me lembrei do nosso último sonho sobre o parto.
Na gestação, sonhei com todas as fases do parto separadamente: contrações, saída do tampão mucoso, nascimento… Contudo, o último foi especial e completo:
Estava na casa onde passei toda a minha infância, em São Paulo. Fui para o meu quarto, no andar de cima, na época compartilhado também com meus irmãos. Havia uma cama branca enorme. Tudo era branco. Eu já sentia as contrações e me sentia segura e feliz.
A Bernardete estava comigo.
Senti você nascer, e quando a peguei em meus braços, era um pássaro. Um pássaro, filhota! Que logo se transformou em uma linda bebê.
Quando contei esse sonho para a Regina, ela exclamou: “é a nossa passarinha!”.
Sim, pequerrucha, a nossa passarinha… Amor e liberdade é a música da sua alma.
Depois disso, a Rê nos presenteou com essa linda história. Feche os olhos e ouça a minha leitura para você:
Era uma vez um pássaro. Adornado com um par de asas perfeitas e plumas reluzentes, coloridas e maravilhosas. Enfim, um animal feito para voar livre e solto no céu, e alegrar quem o observasse.
Um dia, uma mulher viu o pássaro e apaixonou-se por ele. Ficou a olhar o seu voo com a boca aberta de espanto, o coração batendo mais rapidamente, os olhos brilhando de emoção. Convidou-o para voar com ela, e os dois viajaram pelo céu em completa harmonia. Ela admirava, venerava, celebrava o pássaro.
Mas então pensou: talvez ele queira conhecer algumas montanhas distantes! E a mulher sentiu medo. Medo de nunca mais sentir aquilo com outro pássaro. E sentiu inveja, inveja da capacidade de voar do pássaro.
E sentiu-se sozinha.
E pensou: “Vou montar uma armadilha. Da próxima vez que o pássaro surgir, ele não partirá mais”.
O pássaro que também estava apaixonado, voltou no dia seguinte, caiu na armadilha, e foi preso na gaiola.
Todos os dias ela olhava o pássaro. Ali estava o objecto da sua paixão, e ela mostrava-o às suas amigas, que comentavam: “Mas tu és uma pessoa que tem tudo”. Entretanto, uma estranha transformação começou a processar-se: como tinha o pássaro, e já não precisava de o conquistar, foi perdendo o interesse. O pássaro, sem poder voar e exprimir o sentido da sua vida, foi definhando, perdendo o brilho, ficou feio – e a mulher já não lhe prestava atenção, apenas prestava atenção à maneira como o alimentava e como cuidava da sua gaiola.
Um belo dia, o pássaro morreu. Ela ficou profundamente triste, e passava a vida a pensar nele. Mas não se lembrava da gaiola, recordava apenas o dia em que o vira pela primeira vez, voando contente entre as nuvens.
Se ela se observasse a si mesma, descobriria que aquilo que a emocionava tanto no pássaro era a sua liberdade, a energia das asas em movimento, não o seu corpo físico.
Sem o pássaro, a sua vida também perdeu sentido, e a morte veio bater à sua porta. “Por que vieste?” perguntou à morte.
“Para que possas voar de novo com ele nos céus” respondeu a morte. “Se o tivesse deixado partir e voltar sempre, você o amaria e o admiraria ainda mais; porém agora você precisa de mim para poder encontrá-lo de novo.
* (não conhecemos a autoria, mas provavelmente Paulo Coelho)
Pequerrucha, nós não a prenderemos. É livre para voar e seguir o caminho traçado por sua alma.
No entanto, permita-nos estar sempre em sua companhia. Somos sua família e a amamos eternamente.
Voa, passarinha, voa! E traga notícias dos céus que visitar.
Beijos, carinhos e afagos…
Sua mamãe, papai e irmão amam você (“amam você” foi seu irmão que escreveu!)
10 de setembro de 2015
Um mês…
Boa tarde, querida passarinha!!!
Hoje o dia está cinzento e introspectivo. Assim como o coração da mamãe.
Eu poderia descrever como tudo aconteceu há um mês atrás, mas não quero. E até me pergunto se vale à pena. Por enquanto prefiro falar a você, pequerrucha. Relembrar bons momentos, contar as novidades aqui de casa e falar como estamos vivenciando a sua partida.
Todas as orquídeas floresceram enquanto estávamos no Hospital. Eu intuía que isso ocorreria no seu nascimento… E assim foi. Quero que receba essa lembrança do nosso jardim. A árvore que abençoa diariamente o nosso lar com sua energia de força e de vida.
Ontem achei perfeita a mensagem que lemos no Evangelho. Passei o dia me questionando por quê tudo isso aconteceu conosco.
E o Plano Espiritual mais uma vez me amparou, dizendo-me que tudo está certo. Que não tenho condições de julgar o que é um acontecimento bom ou ruim. Que apenas saberei disso numa visão “macro”, o que não é possível agora.
Por isso filhota, embora haja momentos difíceis para mim e para o seu pai, assim como para o seu irmão, nós os superaremos. Temos uma rede de apoio incrivelmente sintonizada com aquilo que mais necessitamos receber.
Nesse “mesversário”, não há comemoração. Mas há celebração. A celebração do amor verdadeiro… Aquele capaz de transpor qualquer barreira para manterem conectados aqueles que se amam tão intensamente.
Nós te amamos, Helena. Nós aceitamos, de coração, a sua chegada e partida.
Somos a sua família por toda a eternidade.
Fique bem e em paz!
Sua mamãe, papai e irmão.
9 de setembro de 2015
Lembranças
8 de setembro de 2015
Puerpério
6 de setembro de 2015
O leite
Vai também uma foto para recordarmos um dos nossos bons e ternos momentos em família:
Saudades e ternura
4 de setembro de 2015
A placenta
Oi, passarinha!
Hoje recebi a visita da Taya, minha querida amiga. Foi tão bom conversar com ela. Melhor ainda fazer alguns planos para o futuro. Logo, logo, algumas coisas boas irão brotar da nossa parceria. Eu estou muito confiante que novos caminhos irão aparecer . Caminhos bonitos. Caminhos cheios de bênçãos. E você estará sempre aqui, em meu coração. Te amo tanto… Você me inspira a ser cada dia melhor e mais conectada com minha essência.
À tarde, havíamos marcado com a Mari (nossa doula) para fazermos o carimbo da placenta.
Querida, foi tão curativo. Tão especial. Tão repleto de energias boas…
Eu não tenho palavras para descrever, mas foi um momento marcante para nós três.
Somos eternamente gratos à Mari por ter se lembrado de pegar a placenta logo após você ter nascido. Com todo o inesperado, ela quase deixou passar (e nós também).
Deus abençoe eternamente a Mari, Dra. Sylvia, Gabi e Ioná por todo carinho e bem que nos fizeram. É o meu mais sincero desejo… Diariamente tenho gratidão por ter encontrado essas mulheres e profissionais tão incríveis para nos assistirem durante e após sua gestação.
Bom… Que tal se deliciar com as fotinhos?
Não sabia que a placenta era tão linda, grande e pesada. O lado que fica preso ao útero é poroso, e o outro é todo lisinho (o que carimbamos). Também vimos um pedacinho da bolsa e percebemos o quanto é resistente.
É um símbolo físico da nossa conexão, minha pequerrucha. Foi através dela que você se alimentou e expeliu aquilo que não mais precisava. É a árvore da vida. A natureza é bela e perfeita.
Fizemos um coração com o cordão umbilical, para expressar todo nosso amor:
A mamãe pintando as veias principais e o cordão umbilical, imersa em uma energia de amor e conexão com você:
O seu pai também se conectou, minha querida:
E o seu irmão:
Fizemos várias versões, mas a que mais gostamos foi a colorida:
A Mari nos ajudando:
Não fica bonito?
Veja todas , Heleninha… São todas suas:
Nós te amamos, sempre e infinitamente:
Fique com Deus, querida. Boa noite!
Sua mamãe, papai e irmão
3 de setembro de 2015
Amor
Te amamos sempre e infinitamente.
Sua mamãe, papai e irmão